Não é todo dia que podemos falar ao mesmo tempo de trêss grandes nomes da MPB. O primeiro é Gilberto Gil. Nesta noite de São Pedro podemos escolher o Gil do Reagge ou o Gil do Forró. Explico: hoje na cidade (João Pessoa), o Gil se apresenta no Ponto de Cem Réis, provavelmente com o repertório do seu Cd de forró Fé na Festa; paralelamente no mesmo horário, o Canal Brasil apresenta, em celebração aos documentário e show Kaya n´gan daya, obra em que o cantor baiano homenageia Bob Marley. A programação em nome de Gilberto Gil segue ao longo da semana com outros shows e documentários. Os dois CDs, evidentemente, são recomendados, pois são fases primorosas do cantor, basta ouvir as versões de Qui nem Giló e No cry.
A segunda notícia importante da semana diz respeito ao Chico Buarque. Seu site que revela os bastidores de sua produção liberou a música "Querido Diário" como prévia do lançamento do seu novo Cd. Pela quantidade de acessos ao site e tanta compra antecipada da obra, talvez nem fosse necessário tal tipo de 'panfletagem'. No que diz respeito propriamente à música, parece que vai ao encontro de Carioca, com um pouco de teclados e violinos e com letras com linguagem mais objetiva e menos metáforas.
Por fim, é apenas um lembrete do lançamento do box da Maria Bethânia. Estarão juntos os 25 primeiros discos da carreira da cantora. Oportunamente, ao ouvir o primeiro, de 1965, me surpreendi por não reconhecer essa Bethânia de hoje. Há muito samba no seu primeiro repertório, um samba feliz e saudoso, próximo dos grandes nomes da era de ouro. Espanta apenas a quantidade de música com o eu lírico em voz masculina. Recomendo O X do problema e Mora na filosofia.
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
O céu de Spielberg em queda
FALLING SKIES
Stiven Spielberg
TNT
Stiven Spielberg
TNT
Assim como toda arte é feita dentro de um contexto de tradição/ruptura, há hoje nas séries televisivas americanas duas tendências muito bem demarcadas que tem, em grande parte, determinado sua qualidade. Uma é óbvio que é a originalidade. Da trama, dos personagens, das relações humanas. Neste patamar, que agrada crítica e público, podemos citar recentemente Lost, House, Walking dead, Broadwalking Empire e Guerra dos Tronos. Por outro lado, existe aquelas séries que tentam construir sua reputação em cima do sucesso da originalidade das outras. Flashfoward, V, Chicago Code exemplificam como se cria um frankenstein mesclando o que deu certo em outras séries. A mais atual estreou recentemente nos Estados Unidos e, mesmo com o nome de um figurão como Stiven Spielberg, mostra ser mais uma coxa de retalho de clichês.
Falling Skies é uma série ambientada num mundo devastado por uma invasão alienígena. 80% dos humanos foram dizimados e os que restaram formam resistências, com civis e militares esperançosos da vitória sobre um inimigo muito superior tecnologicamente. Aqui já temos um empréstimo miscelânico: são os aliens de V, as missões impossíveis de 24 horas, a descoberta lenta dos mistérios de um mundo estranho somado a diversidade racial de Lost e a iminência de ataques surpresas dos aliens, semelhante a tensão dos ataques zumbis de Walking dead, assim como é muito similar os jovens que são domados pelos aliens com os mortos-vivos, assim como conflitos entre humanos que aparecem na série dos quadrinhos. Quer mais? Está lá a médica, o pai que resgatará o filho a qualquer preço, o triângulo amoroso envolvendo uma loira e uma morena. E não é que o protagonista não foi recrutado do E.R? Mosaico tão cheio de elementos, querendo agradar vários gostos, a história acaba perdendo em profundidade.
Até que ponto podemos esperar sucesso desta salada? Valeria a pena assistir mais dois ou três episódios para um melhor acabamento e profundidade dos personagens e enredos? É claro que o Spielberg tem crédito. A ideia principal da série também é interessante. Mas o nome de um produtor tão forte e alguns sustos com alienígenas-aranha não salvam histórias fracas Nem é preciso mencionar os clássicos do gênero produzido por Spielber: Taken, Guerra dos Mundos, Inteligência Artificial e o velho e bom E.T. A revista Veja lembrou dos chavões do próprio diretor na série e, como bem lembra uma antiga professora, se tudo é lugar comum de outras séries melhores, porque não ir ao original?
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