Em tempos de individualismo exacerbado, de mercado competitivo/acelerado e de intolerância e preconceito cultural, o filme francês Homens e Deuses, baseado em fatos reais, é uma lição de serenidade. O filme foi ganhador do prêmio do júri do Festival de Cannes e indicado pelo seu país ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
No filme, os monges de um mosteiro na Argélia são alvos certos de radicais islâmicos. A decisão de partir é um incógnita para os cristão, já que são o único ponto de apoio humanitário para a população. Por outro lado, os militares pressionam pela retirada dos mesmos, prevendo um problemas com a diplomacia mundial.
O que chama mais atenção no filme é justamente o mais óbvio: o humanismo, a simplicidade e a fé caridosa dos monges. Eles não estão lá para pregar a palavra, nem demarcar espaço do cristianismo. Sua relação com os islâmicos - não-radicais e até mesmo com os radicias - é tenra e verdadeira. O filme é lento, devagar, paciente e tranquilo como a ida dos monges, apto para deixar o espectador refletir dentro do proprio filme antes do enredo aançar mais à frente. Ponto forte também é sua trilha, na voz dos monges ou do Imam.
HOMENS E DEUSES
(Des hommes et des dieux, França, 2010)
Dir. Javier Beauvois
Estreia 25.03.2011
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